Essa dor que me atravessa o peito já é velha conhecida. As vezes aparece sem ser convidada e se instala dentro do meu pequeno coração. Sinto ela tão grande que as vezes é impossível conceber que possa senti-la. Tudo é tão intenso, vivo. Tudo é insegurança, estar vivo é se sentir insegura constantemente, pelo menos quando se tem consciência do que realmente é a vida. Claro que tem pessoas que não se importam, são estúpidas a vida inteira. Viver consciente é uma escolha.
Criamos expectativas em cima de coisas que são impossíveis de alcançar e se a alcançamos não a queremos no próximo instante. Sentimos medo de perder e nem ao menos temos o que tememos perder. O ser humano é muito complexo, eu sou muito complexa. Minha mente não me deixa em paz sempre me cutucando, sempre me chamando a ver , perceber coisas, que me incomodam e me levam a questionar. As vezes queria sentir menos , enxergar menos, pensar menos. Viver como mera observadora do mundo. Tudo me atravessa de tal maneira que quando menos percebo já fui atingida, remexida. E tudo vira de ponta cabeça ,me deixando no avesso do avesso.
E assim vou vivendo sempre com essa sensação esquisita no estômago, por isso saio caminhando, sou uma caminhante da vida. Tento apressar o passo para ver se consigo encontrá-la na próxima esquina para que possamos manter um diálogo, para que ela seja mais amena. Mais ela sempre me foge e por isso continuo caminhando, sempre, nessa ânsia de encontra-lá para que ela possa me dar as respostas que preciso neste momento.
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