domingo, 31 de julho de 2011

FISSURAS


Foi como se de repente eu acordasse de uma sonho... e ao acordar percebi que já não queria estar ali.

Dentro mim começou a romper alguma coisa... que já imaginava o que seria...
                     uma fissura começou a dar forma e por um instante o tempo parou.
                                                          O indizível....
                                                                                O silêncio que diz  mais do que mil palavras...

Naquele momento sabia que não podia deixar de encarar o que ja estava escancarando dentro de mim.

As fissuras cada dia maiores, me rompia internamente, me dividindo  em mil partes e uma angústia tomava conta de todo meu ser. O não querer mais estar ali me corroía diarimente, como um câncer que vai minando as forças do corpo , nos deixando dia a dia apáticos diante da vida.

As palavras que eram ditas ficavam soltas no ar , o silêncio uma eternidade, a indiferença uma dor...

                                       Tudo era caos, fissuras.... dentro e fora.


Olhava ao redor e tudo me era estranho,  como se nunca havia pertencido aquele lugar. Já não me reconhecia, cada dia me perdia de mim mesma. Nada fazia sentido. Só me encontrava refletida no olhar do outro que me dizia sem saber qual caminho seguir.

Percebi que os sonhos acabam , olhei dentro de mim e vi que o que havia sonhado ja não  mais passavam por  ali , haviam se evaporado,  junto com as fissuras. Meu desejo e meus  outros sonhos passavam por outros lugares menos aonde me encontrava.
Tudo era tão estranho , ameaçador.. muito medo...medo de um presente inevitável.

Nada mais podia ser feito. Tudo tem uma hora certa pra acontecer e intuitivamente sabemos quando é a hora.

E aquela era a minha hora.

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