Ontem estava cuidando do meu jardim e observando minha roseira, em um ano que a plantei quantas rosas nasceram e se foram , cada uma mais linda que a outra.
Neste ano tivemos dias frios e tempestuosos elas se desfolharam, ficaram prostadas por causa dos ventos fortes mais percebia seus caules fortes se sustentando...e agora vejo ela novamente cheia de botões prontas para desabrochar...a flor de verdade não é permanente... como a vida.
Não tenho e não gosto de flores de plásticos, elas estão sempre lá inteiras bonitas, mais estáticas, permanentes.
Penso na vida, no amor , como esse desabrochar de um botão...o amor de verdade é como essa planta de verdade.
Se você ama de verdade sabe que um dia ele chega ao fim... temos que ter a sabedoria das plantas em se despetalar para poder nascer num momento mais propício. Quem sabe amar sabe dizer adeus e fazer esse difícil desapego com gratidão, agradecendo pelos momentos que compartilhamos juntos.
Temos que viver o momentâneo, sem desejar o permanente. Se desejarmos o permanente perderemos o eterno, ja dizia as sábias palavras de Osho.
Devemos aprender quando uma estação termina, acreditando que outras estações seguem seu curso.
A natureza é sábia , tem seu momento certo, espera com paciência...nós humanos nos desconectamos da natureza e precisamos aprender a se reconectar novamente para que possamos a dizer adeus e ter a paciencia de esperar...
Viver intensamente o momentâneo, contemplar a flor sabendo que na próxima noite ela pode se despetalar. A eternidade é a profundidade do momento.
Desejar o permanente é desejar a flor de plástico... é nadar na superfície de uma rio profundo...
O impermanente é você mergulhar nas profundezas desse rio ...isso é eterno.
Portanto vamos mergulhar fundo no momentâneo e se tornará eterno, sagrado.
Sentir a flor desabrochando dentro de você...assim é minha roseira...assim sou eu, esse eterno desabrochar pra vida.
TODAS AS FOTOS SÃO A "ROSIDADE" DAS MINHAS ROSAS, DO MEU JARDIM, DA MINHA VIDA!!
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